Flexibilidade e Postura: um alívio às doresPublicado em 05/05/2015 FLEXIBILIDADE E POSTURA: UM ALÍVIO ÀS DORES Não há como fugir desta constatação: uma pessoa flexível, com a musculatura mais elástica, certamente terá uma postura mais adequada e não sofrerá com tantos problemas na coluna que hoje afligem grande parte da população brasileira. E a solução é muito simples: não há fórmulas mirabolantes e nem hora e lugar específicos para alongar os músculos. São poucos segundos que podem fazer a diferença e proporcionar um alívio imediato, principalmente para quem faz jornadas longas e estressantes com repetições de movimentos. Os exercícios de alongamento podem ser realizados por todas as pessoas, de qualquer idade, a qualquer hora e não requerem equipamentos especiais e muito menos treinamento prévio. O que as pessoas precisam fazer simplesmente é alongar a cada momento que mudarem de posição ou antes de se movimentar. Autor do livro Flexibilidade e Flexionamento, o Dr. Estélio Dantas* afirma que o alongamento nada mais é do que um longo espreguiçamento feito em segmentos do aparelho locomotor, visando prepará-lo para uma atividade ou possibilitar a volta à calma após um exercício. Entre os benefícios trazidos pelo alongamento: diminuição do gasto calórico nas atividades; proteção do aparelho locomotor contra as lesões; relaxamento do corpo; diminuição da ansiedade; do estresse e da fadiga; melhora da atenção e prevenção de dores.
De acordo com Dantas, no entanto, é importante ressaltar a diferença entre alongamento e flexionamento. O alongamento é um processo natural que dura de três a quatro segundos e prepara a musculatura para qualquer atividade e pode ser feito por qualquer pessoa, como costuma-se fazer ao acordar, espreguiçando-se. - No em tando, se uma pessoa tem como objetivo ganhar mais flexibilidade, ela necessita de um trabalho mais intenso e de maior duração que é o flexionamento. Neste caso, a orientação de um profissional de Educação Física é imprescindível para evitar problemas como lesões musculares, tendinites e lombalgias, explica Estélio Dantas. Isso porque nem todo mundo tem a mesma flexibilidade. Segundo Johns e Wright (1962) citado por Walace Monteiro, de fatores ósseos, musculares, tendinosos, da cápsula articular, da gordura e da pele. Dentre esse fatores limitantes, os mais importantes são a cápsula articular contribuindo com 47% e os músculos com 41%. Algumas pessoas têm mais tecido chamado de colágeno que não são elásticos e por isso sentem mais dificuldades. Segundo Francisco Miguel Pinto, diretor da Escola de Postura Brasil e especialista em posturologia, a flexibilidade também está associada ao sexo, a idade, a lateralidade corporal, a hora do dia e aquecimento. As mulheres e as crianças são normalmente mais flexíveis. "Quando tentamos alongar um segmento corporal qualquer podemos notar que até um determinado ponto conseguimos fazer isso com facilidade", afirma. Para não passarmos dos limites, o corpo possui um poderoso sistema sensorial funcionando como alarme e defesa. São os proprioceptores que interligados com o sistema nervoso central produzem respostas de contração involuntária ou relaxamento da musculatura conforme a necessidade. No primeiro caso, os fusos musculares contraem involuntariamente o músculo quando o forçamos além do normal. Se não existissem os fusos, nós alongaríamos o músculo até arrebentar feito um elástico. No segundo caso, o relaxamento se dá por ação dos Órgãos Tendinosos de Golgi. Como o próprio nome sugere se localizam nos tendões e de lá enviam mensagens à medula quando a integridade articular fica em perigo por conta de um músculo estar muito tracionado ou distendido. A resposta da medula é o relaxamento da musculatura antagonista.
Sugestão de literatura:
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Fonte: Autor: Prof. Francisco Miguel Pinto, Pinto. FM - Revista Escola de Postura, n.001. 2015
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